sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como poderíamos ser melhores que somos!!

Olá galera!!!

Não sei por que, mas sempre reluto de falar sobre isso aqui no blog. Mas hoje, vendo uma notícia que saiu no UOL Educação sobre um universitário que gasta apenas R$ 11,00 por dia, decidi escrever.

Bem. Sabemos que hoje em dia tudo, digo, tudo mesmo, está muito fácil. Como disse certa vez um político sobre os benefícios que o então Presidente Lula dera aos menos necessitados: "Na minha época o Governo ensinava a pescar; hoje ele dá o peixe". E é sobre isso que vou falar.

Quando éramos estudante secundarista (da educação básica), éramos obrigados a estudar, pois não tínhamos a facilidade que os alunos tem hoje. É reposição, é recuperação, é reposição da recuperação, enfim, são muitos benefícios para pessoas que não merecem. Não entro no mérito do Sistema Educacional, mas sim da banalidade que está hoje.

Era bom naquele tempo (só uma explicação: não que não existia reposição quando estava no ensino médio, mas na escola que estudava não tinha.) se tivesse reposição. Hoje o aluno faz reposição por nada. Alega que está doente (e a escola não pode fazer nada, já que é a família que comunicou o fato). Se está no regimento da escola então está acobertado em fazer tal avaliação fora do programado.

Em vez de estudar mais os alunos praticamente ignoram tal tempo a mais e não fazem absolutamente nada.

Em as recuperações? No meu tempo (repito, na minha escola) era só uma no ano e no último bimestre. Ainda hoje há escolas que praticam tal método, mas os alunos....... Não fazem nada para evitar. Hoje o comum é ter recuperação bimestral. Neste aspecto, lembro-me de um colega de classe meu chamado Espíndola. Espíndola se estudasse hoje, realizaria um sonho antigo dele que era não fazer final. Fique da quinta (hoje sexto ano) até o segundo ano do médio com ele e em todos os anos ele fez final. Não por que ele não estudava, mas por que eram muitas provas e ele tinha que escolher aquela que estava em maus lençóis.

Estou escrevendo isso para que vocês alunos entendam que as nossas falas (nós professores) em sala de aula da importância do estudo é por que nós sabemos que mais cedo ou mais tarde você aluno vai se arrepender de não ter estudado adequadamente.

Reflita com a notícia que estou colocando abaixo do aluno que mencionei no início do post.

Boa noite!!!!!!!!

Notícia vinculada no site UOL. (para ler na íntegra, clique aqui.)

Aluno carente da USP passa o dia com R$ 11; veja o que estudantes fazem para se manter

Ingressar na universidade pública é o sonho da maioria dos jovens brasileiros de baixa renda. Entretanto, essa não é uma tarefa fácil. Dentre diversos motivos, relatados por estudantes carentes em entrevista ao UOL, os principais deles são o sucateamento da educação básica e a dificuldade financeira em se manter na faculdade.
Aluno do curso de contabilidade na USP, oriundo de escola pública, Enedino Neres da Cruz Júnior, 19, resolveu abandonar o trabalho como auxiliar administrativo para se dedicar aos estudos. O esforço deu frutos e ele conseguiu ser aprovado nos vestibulares mais concorridos do país – USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade de Campinas). “Somos sempre o herói da nossa própria história”, diz o adolescente.
O jovem diz não ser fácil se manter na faculdade. No dia em que o UOL o acompanhou, ele gastou apenas R$ 11. “Nas primeiras semanas, tive dificuldade para pagar os três ônibus que utilizo para chegar à universidade. Depois que eu recebi a bolsa fiquei mais aliviado”, conta o estudante, que recebe um auxílio no valor de R$ 300 mensais, além dos tickets de alimentação popular (R$ 1,90 cada), ambos disponibilizados pela USP.
Morador do Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, o universitário é o primeiro de sua família a ingressar no ensino superior público. Os pais de Enedino são divorciados e ele mora com a mãe, que trabalha como empregada doméstica e o ajuda com os gastos acadêmicos -livros, condução, alimentação e xerox.

Bilhete único sem crédito
A realidade social dos colegas de faculdade de Enedino é bem diferente da sua. “Nos primeiros dias de aula as pessoas comentavam que tinham ganhado um carro dos pais, porque passaram na universidade, e eu estava ali apenas com o meu bilhete único sem crédito, mas feliz.
“O convívio com a nova galera da faculdade é complicado. Eu estava acostumado a lidar com pessoas de poder aquisitivo relativamente baixo e agora estou aprendendo a conviver com indivíduos cuja situação financeira é mais cômoda. Mas é uma questão de adaptação.”
Enedino sonha em viajar para o exterior, dar uma vida melhor e tranquila para a mãe e trabalhar em uma instituição internacional. “Gostaria trabalhar na ONU (Organização das Nações Unidas), OMC (Organização Mundial do Comércio) ou no Banco Mundial”, revela o universitário,que atualmente trabalha como voluntário em um cursinho popular.

Estágio e curso
Morador de Caieiras, interior de São Paulo, Guilherme Duarte, 21, caçula de três filhos, é o primeiro da família a ingressar no ensino superior público. Com uma renda familiar de R$ 1.800 mensais, o estudante não conseguiria pagar a graduação se não tivesse ingressado na universidade pública. O universitário conta como é estudar engenharia naval (USP) e conciliar o estágio, já que seu curso é integral.
“Estagiar é importantíssimo na carreira de qualquer universitário. As pessoas saem da Poli (Escola Politécnica da USP) com muito conhecimento técnico, mas muitas vezes sem nenhuma experiência profissional. Além do dinheiro, que para mim é importante, acredito que a prática também contribuiu para o aprendizado”, avalia Duarte, que trancou algumas disciplinas escolares para poder trabalhar e estudar.
Antes do estágio remunerado, Guilherme se mantinha na universidade por meio de bolsas de estudos. “Nos dois primeiros anos de faculdade eu recebi um auxílio financeiro da Associação dos Engenheiros Politécnicos, no valor de R$ 465 mensais, além da bolsa de iniciação científica.”

86 quilômetros por dia
Enfrentar a distância entre Caieiras e o Butantã (86km), onde está localizada a Cidade Universitária, e o trânsito de São Paulo são alguns dos desafios constantes na rotina de Guilherme, que demora cerca de 2h para ir de um lugar ao outro. “Não ter carro e depender de transporte público dificulta. Eu já perdi várias provas porque cheguei atrasado.”
Estudar no exterior é um dos próximos passos que o jovem deseja dar para alcançar seus objetivos. “Quero me formar, viajar, conseguir um bom emprego e assumir alguma posição de alto escalão ou ser empreendedor”, deseja o futuro engenheiro.

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