sexta-feira, 24 de abril de 2015

Biomas Mundiais

Os biomas terrestres estão distribuídos em função de inúmeras variáveis que podem ser explicadas pela Biogeografia Histórica, contudo, o principal fator que rege esta distribuição é o Clima, em função dos diferentes elementos e fatores associados.
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Figura 1 - Biomas Mundiais e sua localização
 
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Figura 2 - Fatores preponderantes para os Biomas
 
I. FLORESTAS TROPICAIS
Também conhecidas por Florestas Equatoriais ou Florestas Pluviais. Localizam-se na zona climática Intertropical na qual caracteriza-se por elevadas temperaturas e precipitações ao longo do ano, por isso possui inúmeras espécies adaptadas e estas condições como as espécies Higrófilas (adaptada a muita umidade) e até mesmo espécies que se adaptaram à condições de estarem parcialmente ou totalmente submersas (Hidrófilas).
São florestas do tipo Perenes, ou seja, não perdem as folhas ao mesmo tempo ao longo do ano, por isso apresentam-se sempre com folhas verdes. A grande maioria dos vegetais possuem folhas Latifoliadas, ou seja, são folhas largas.
Estas florestas possuem uma grande Biodiversidade, em função das características de alta temperatura e precipitações, tanto em questão de fauna e flora, como de microrganismos. As florestas possuem uma grande estratificação, ou seja, espécies características de acordo com o tamanho, sendo que os estratos superiores chegam a passar 50m de altura. Também possuem inúmeras espécies de Epífitas, como Bromélias, Samambaias e Cipós. Exemplos destas florestas: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Floresta do Congo e da Indonésia.
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Figura 3 - A estratificação florestal
 
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Figura 3 - Mata Atlântica, exemplo de Floresta Tropical
 
II. SAVANAS
As Savanas também se encontram nas zonas climáticas Tropicais do globo, chamadas no Brasil de Cerrados. Entretanto, o regime de chuvas é concentrado e uma estação do ano, sendo os verões bastante chuvosos e os invernos bastante secos, ou seja, é um tipo de vegetação adaptada a essa sazonalidade. Em função disto, muitas espécies de vegetais se adaptaram a essa falta de água durante a estação seca, perdendo suas folhas para que deste modo, evite grandes taxas de transpiração. Estas espécies são chamadas de Decíduas ou Caducifólias.
Na camada que cobre o solo, encontramos diversas Gramíneas (conhecidas por capins, gramas ou relvas), associadas com diversas árvores maiores, com troncos retorcidos. No entanto existem savanas mais densas, com vegetações bastante florestadas, mas menos densas do que florestas tropicais.
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Figura 4 - Fiosionomia do bioma Cerrado
 
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Figura 5 - Cerrado brasileiro, exemplo de Savana
 
III. DESERTOS
O que caracteriza um deserto é a baixa precipitação, ou seja, a quase ausência de chuvas em função da predominância das baixas umidades, que é caraterístico de climas áridos e semiáridos. Desta maneira podem existir desertos quentes, encontrados em regiões tropicais e subtropicais, com desertos gelados, em regiões mais próximas do polo.
Um deserto pode ser formado por fatores como a passagem de uma corrente marítima fria, como a de Humboldt que contribui para a baixa umidade do ar, formando o deserto do Atacama no Chile. Ainda temos como fatores, barreiras montanhosas, grandes altitudes, altas pressões atmosféricas, entre outros.
Nos desertos quentes é comum ter uma grande amplitude térmica diária, pois pelo fato da vegetação ser bastante esparsa, o solo fica completamente exposto à radiação. Desta maneira, a superfície se esquenta muito rapidamente, mas com a chegada da noite, a temperatura costuma cair bastante. Em função da predominância do intemperismo físico, os solos são bastante pedregosos e arenosos, mantendo desta forma muitos minerais primários de rocha, fazendo com que os solos sejam pouco férteis.
As espécies vegetais adaptadas a essas condições são chamadas de Xerófitas. Elas são extremamente adaptadas a grandes estiagens pois são plantas suculentas, ou seja, são capazes de armazenar muita água em seu interior, como é o caso das Cactaceae (Cactos). Estes possuem espinhos, que são folhas modificadas, para que não haja transpiração, e consequentemente perda de água. Suas raízes são muito ramificadas e espalham-se bastante para aproveitar ao máximo as águas de chuvas, que são extremamente raras.
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Figura 6 - Exemplo de Deserto
 
IV. CHAPARRAL
É o tipo de vegetação característico de climas Mediterrâneos.
Chaparral é também conhecida como bosques e arbustos, é uma espécie de matagal ou charneca encontrado no Sul da Europa, norte da África, sul da América do Sul e pequenas áreas no sul da Califórnia, da África e da Austrália. É um bioma característico de clima mediterrâneo (invernos amenos e chuvosos, verões quentes e secos). Biomas similares são encontrados na bacia do Mediterrâneo, onde é chamado de maquis, na região central do Chile, (onde é conhecido pelo nome de matorral), região do Cabo da África do Sul (conhecido pelo nome de fynbos), e nas regiões oeste e sul da Austrália. Essas espécies armazenam reservas de alimentos resistentes ao fogo, possibilitando a recuperação depois do incêndio, isso devido a haver frequentes incêndios no verão.
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Figura 7 - Exemplo de Chaparral
 
V. CAMPOS
Os Campos, Pampas, Estepes ou Pradarias, são biomas associados a climas mais frios e secos. São considerados como áreas de transição entre Florestas e Desertos. O tipo predominante de vegetação, são as Gramíneas, pois estas são extremamente adaptadas a estas condições climáticas. Possuem solos bastante férteis em função da lenta decomposição, deixando o solo com bastante húmus.
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Figura 8 - Exemplo de Campos
 
VI. FLORESTAS TEMPERADAS
Como o nome já diz, são florestas características da zona climática temperada. São florestas com vegetação Decidual (Decídua ou Caducifólia) que perdem todas as folhas na estação mais seca. Na primavera e verão, as folhas são bastante verdes, contudo, com a chegada do outono, as folhas começam a ficar com tonalidades avermelhadas e amarronzadas. Na chegada do inverno, as mesmas caem, deixando o aspecto da vegetação totalmente desprovida de folhas. Estas florestas são encontradas na Europa, Estados Unidos, Chile, Japão e Austrália.
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Figura 9 - Outono na Floresta Temperada
 
VII. VEGETAÇÃO DE ALTITUDE (MONTANHAS)
Este tipo de classificação independe de qualquer zona climática, pois o fator altitude é independente do fator latitude. Por serem locais elevados, as temperaturas tendem a ser bem baixas e por estarem na maioria das vezes acima do nível das nuvens, possuem baixa umidade relativa. Desta maneira a área fica sujeita a uma grande insolação, o que faz com que (juntamente com as características anteriores) a vegetação seja mais rasteira, podendo ser chamada de Campos Alpinos. Os solos também são bastante rasos, por estarem em áreas com grandes declividades.
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Figura 10 - Exemplo de Vegetação de Altitude
 
VIII. TAIGA
A Taiga é chamada também de Floresta de Coníferas, ou Floresta Boreal (por se encontrar apenas no hemisfério Norte). A vegetação possui folhas mais longas e finas, parecidas com agulhas. São chamadas de Aciculifoliadas e ficam verdes o ano inteiro (Perene). É um tipo de bioma que suporta a ocorrência de neve na estação fria, que é bastante rigorosa e demorada.
A vegetação de coníferas (como o Pinus) é bastante utilizada na indústria madeireira para a extração da celulose, como é no caso da Finlândia.
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Figura 11 - Exemplo de Taiga
 
IX. TUNDRA
Do finlandês Tuntuna, que significa planície sem árvores, este bioma se enquadra na zona climática Polar, podendo ser encontrado no Alasca, Groelândia, Sibéria (Rússia) e na Península Escandinávia (Noruega, Suécia e Finlândia). O clima é muito gelado durante praticamente o ano todo, e por isso é bastante seco, sendo que apenas algumas espécies de Gramíneas conseguem se adaptar. São encontrados muitos líquens, musgos e fungos por cima do solo. Este muitas vezes encontra-se congelado, ou seja, a água que ocupa os seus poros está congelada. Este solo é chamado de Permafrost.
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Figura 12 - A tundra no Verão






























































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